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Na palma da mão

De acordo com a quiromancia clássica, três são as principais linhas da nossa mão: a linha da vida, do coração e da cabeça. Segundo o que se descreve no Wikipédia: La chiromanzia è la pratica di descrivere la personalità e prevedere il destino attraverso lo studio del palmo della mano.
Ou seja: a quiromancia é a pratica de descreve a personalidade e prever o futuro através do estudo da palma da mão.
Confesso que sempre tive curiosidade em saber o que as linhas de minha mão revelariam. Será que o marca de um furúnculo que tive aos dez anos poderia mudar algo nessa leitura, ou mudar meu destino. E se essas interpretações realmente fossem potentes e assertivas, será que teríamos como interferir no nosso futuro através de incisões em nossas mãos?
Resolvi hoje me perguntar sobre isso, porque estranhamente sonhei que liam minha mão. E porque sempre fui uma curiosa sobre o que é oculto e o que não é científico. Sei que tudo hoje em dia é provado pela ciência. Mas creio que eu não deva perder minhas crenças e minha fé.
Creio fazer parte do bonito e do lírico da vida, não ficar cética a tudo. E como a ciência não me permite mais acreditar que fadas e vampiros existem, nem que a serpente seduziu Eva, porque tudo é comprovado cientificamente que não existe, me resta acreditar no não provado futuro.
Pois o futuro ninguém viu, e ninguém pode comprovar ou não. Nos basta acreditar e crer que ela possa ser o melhor possível, e talvez realmente na palma da minha mão possa haver respostas, orientações e um conselho de como eu dava agir hoje para realizar amanhã.











La Buona Ventura - Caravaggio

Que cor está seu dia?

Tu já se perguntou que cor está seu dia?
Não vale olhar no horóscopo. Tu tens que avaliar teu ânimo, teu senso de humor, e imaginar que cor de fundo coloria seu dia.
E é importante pensar que cada cor pode ter um significado próprio para ti. Não é porque dizem que o vermelho simboliza o amor, que o amor para ti deva estar pintado de vermelho. Para mim muitas vezes imagino o amor em azul-marinho. Me imagino no meio de uma gigantesca lata de tinta azul-marinho, nadando e sendo amor, sentindo amor.
Para mim o branco nem sempre representa a paz. Branco me simboliza trabalho. Trabalho de limpar tudo e deixar tudo branco. A paz para mim é rosa, e o preto me deixa tranquila. O marrom para mim é uma cor desprezivel, embora sapatos nesses tons costumam combinar com os meus pés. Para mim a esperença não é verde, aliás para mim a esperança nem tem cor, afinal não costumo depender muito dela. Verde me lembra riqueza, dinheiro, meu sustento vem do verde. Quando imagino meu dia verde, acordo pensando que ele será verde, geralmente é um dia de bons agouros para mim.
E passarinho que dá sorte para mim não é verde. São castanhos ou cinzas.
E se eu me imaginar num dia violeta, não me sentirei bem. Violeta fica bem na roupa, mas no contexto de dia e pensamentos, esses tons me deixariam profundamente irritada.
Ironia do nome? Ironia da cor? Não sei. Meu dia hoje está amarelo e prefiro não pensar em mais nada.

Então refleti...

Eu tinha a impressão que havia me perdido. que havia me deixado no Brasil.
Eu tinha a impressão que eu nunca estive em Arezzo, que nunca morei em num sítio, depois num sobradinho e por fim em minha própria casa em Firenze.
Eu tinha a impressão que cheguei outra pessoa, e continuava sendo outra pessoa.
Então refleti, e perguntei-me: por onde eu estava? E refletindo eu descobri.
Eu estava no quarto trasfigurada de esposa. Eu estava na cozinha e na sala trasnfigurada de mãe. Eu estava na sala de aula transfigurada de professora.
Então refleti, e vi que eu poderia me trazer de volta. Então refleti e vi que eu posso ser mãe, mas vestida de eu mesma.
Então refleti e decidi que posso ser eu mesma, mesmo sendo professora.
E refleti que não quero mais ser esposa.
Mas não parei por aí. Continuei refletindo e descobri que eu deveria voltar ouvir The Velvet Wonderground, Modest Mouse, e Hot Chip. Porque eu estava transfigurada de moderninha que adora Lady Gaga.
Então refleti e vi que não preciso usar unhas com cores discretas. Que eu gosto mesmo é do vermelho-puta.
E olhei no espelho, e me vi. Me encontrei e refleti.

Uma musica roxa

Sempre digo tudo o que é bom na vida faz parte da roxificação do mundo. E agora escutando cds antigos, algumas fitas e discos, porque sou antiga e conservo certas coisas, parei com um ouvido mais atendo para a música do Ricky Martin - Livin la vida loca.




Ele pensou em mim quando escreveu a música, porque eu gosto de gatos pretos e bonecos de vudu, e não quero beber água, quero champagne caro, claro. Tá. Eu sei que o Ricky deve ter feito essa música pensando em qualquer outra pessoa, se é que foi ele quem fez essa música.




Mas ela me fez pensar que sim podemos viver a vida com um pouco mais de loucura. As vezes seguir sempre o caminho correto pode tirar um pouco da adrenalina da vida. E de que adianta não se arriscar nunca por nada e do nada ter que ir na farmácia comprar uma caixinha de Tamiflu?




Eu sei que o que quero é viver um pouco mais a vida louca.

Filhos, festinhas e brigadeiros

Lembro-me de quanto era divertido os dias que antecediam as minhas festas de aniversário. Lembro-me de minha mãe enrolando brigadeiros, beijinhos, amassando bolacha Maria para fazer cajuzinhos, descaroçando ameixas-secas para fazer olhos-de-sogra, e me pedindo que a ajudasse a fazer.

Lembro-me que ela sempre me pedia que eu contasse quantos doces já estavam prontos, e eu sempre contava três a menos, para ter uma margem de lucro e roubá-los depois. Afinal de contas no dia mesmo do meu aniversário eu mal comia, só os convidados, porque eu tinha que deixar que me sovassem e me apertassem as bochechas.


Pois o tempo passa, e agora sou eu que tenho que organizar uma festinha novamente. Já organizei 7, mas mais uma vez tenho que fazer uma de 1 aninho. Daqui uns diazinhos mais minha Eva fará um ano.


Claro que eu posso encomendar tudo, e não me incomodar com nada. Mas poxa, apesar do trabalho, é interessante você mesma fazer algo. Porque no dia festa sei que alguém comerá um doce feito por mim mesma e dirá: "nossa que delicia" e eu responderei toda me querendo : "fui eu mesma quem fez".


Sem contar que pedirei ajuda pro Romeu me ajudar a contar os doces da irmã, e rezando para que ele seja esperto como eu, e conte três a menos, para ele poder roubar em um momento que estarei distraída.

Pequenas Férias


Pois tive apenas 8 dias de férias, aos quais visitei meus pais em Canela - RS e dei uma cheirada em Porto Alegre. Foi bom o suficiente para matar a saudades, revigorar as forças e voltar para minha bela e doce vida. E é isso.


Na foto, uma imagem da Usina do Gasômetro.

Férias no Brasil é Roxificar.

Conversas paralelas

Algumas coisas são engraçadas na vida. Mas uma delas que eu considero verdadeiramente interessante, é quando depois de muito tempo, em alguma conversa, você descobre uma pessoa diferente.
Tu sempre conversa com aquela pessoa, mas sei lá porque, talvez por chegar num ponto de um conhecimento e intimidade clímax, essa pessoa passa a representar algo a mais. Uma grande amiga pode te causar um sentimento ainda mais fraterno, ou um sentimento de repulsa, e você reavaliar o porque de tanto tempo de amizade, ao descobrir finalmente que aquela pessoa não condiz em nada contigo.
Pode descobrir também que alguém que você queria muito bem, pode ser alguem que você queira ainda mais bem, ou ainda mais além. Um amigo teu pode finalmente pelo tal nível de conhecimento ou intimidade parecer alguém possível. Alguém que talvez te convença a sair e passear pelas ruas, e sair do conforto do seu canto.
E se alguém adivinhar a variedade do vinho que bebo, pedirei em casamento! E se outro alguém adivinhar que vinho bebo, reconsiderarei a amizade. Dica: Não é Cabernet Sauvignon, mas também tem sotaque francês.